domingo, setembro 29, 2024
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Com nota espetacular, Rebeca Andrade vence no solo e se torna maior medalhista do Brasil

 

Rebeca Andrade comemora após conquistar a medalha de ouro no solo nas Olimpíadas de Paris 2024.Fotos: Alexandre Loureiro/COB.

Rebeca Andrade emocionou a Arena Bercy e deixou Simone Biles para trás, conquistando uma espetacular medalha de ouro no solo nas Olimpíadas de Paris 2024, com uma nota de 14.166. Esta conquista marca a sexta medalha olímpica de Rebeca, consolidando-a como a maior medalhista olímpica do Brasil, superando os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, que possuem cinco medalhas cada.

Esta foi a primeira vez que uma mulher brasileira subiu ao pódio olímpico no solo, superando os melhores resultados anteriores: um quinto lugar de Rebeca em Tóquio 2020 e de Daiane dos Santos em 2004. No masculino, Diego Hypolito e Arthur Nory conquistaram prata e bronze, respectivamente, nos Jogos do Rio 2016.

Em Paris, Rebeca também ganhou prata no individual geral e no salto, além de bronze por equipes. Na trave, ficou em quarto lugar. Em Tóquio 2020, ela já havia conquistado duas medalhas: ouro no salto e prata no individual geral.

“Eu estou muito feliz e honrada por estar nessa posição hoje. É algo muito difícil de ser conquistado. Treinamos e lutamos bastante, muitas vezes chegando perto, mas sem conseguir. Representar o Brasil e mostrar que é possível é uma honra. Acredito que quando você tem uma equipe que luta pelo mesmo sonho, as coisas acontecem. Tenho uma equipe multidisciplinar excelente e meu treinador, além das colegas de equipe, que são fundamentais. Mesmo nos dias ruins, a vontade de fazer acontecer prevalece. Às vezes sinto medo, mas faz parte do ser humano. Aqui, todos os dias foram muito leves para mim”, disse Rebeca.

Rebeca simplificou ligeiramente sua série em relação à classificatória, mantendo a precisão e graciosidade ao som de Beyoncé e Anitta. Sua nota de 14.166 superou os 13.900 da classificatória, colocando-a temporariamente na liderança, ainda com sete atletas para se apresentarem. A comissão técnica brasileira pediu uma revisão na nota de dificuldade, mas o pedido foi negado.

Restava apenas esperar. Uma a uma, as adversárias se apresentaram. Simone Biles, com uma rotina de alta dificuldade, cometeu duas falhas importantes, pisando fora do tablado, o que gerou um desconto de 0.6. Com uma nota de 14.133, Biles ficou atrás de Rebeca, garantindo ao menos o bronze para a brasileira.

 

As últimas a se apresentarem, Sabrina Maneca-Voinea, da Romênia, e Jordan Chiles, dos EUA, não superaram a nota de Rebeca. No aparelho que consagrou Daiane dos Santos em Mundiais e marcou a redenção olímpica de Diego Hypolito, o Brasil finalmente reinou no palco olímpico com Rebeca Andrade no topo do pódio.