Coronavírus: Aberto polo de atendimento em Ponta Negra
O terceiro polo de atendimento destinado à COVID-19 em Maricá foi aberto nesta segunda-feira (20/4), para a atender os moradores da região de Ponta Negra. O espaço fica na Rua Capitão José Caetano de Oliveira e, assim como os do Centro e de Itaipuaçu, tem capacidade para realizar até 500 atendimentos por dia. A estrutura conta com quatro médicos, cinco enfermeiros três técnicos de enfermagem e um auxiliar de farmácia (responsável pela distribuição de medicamentos relacionados a sintomas de gripe), além de seis servidores na administração e quatro para a limpeza dos locais, além de duas ambulâncias para remoções em casos mais graves.
A secretária de Saúde de Maricá, Simone Costa, acompanhou a abertura do novo polo, e ressaltou que as medidas de isolamento têm apresentado resultados satisfatórios na contenção ao novo coronavírus. “A curva no município não está tão ascendente quanto em outros municípios, mas é importante manter o isolamento para frear a disseminação. Creio que estamos no caminho certo”, avaliou a secretária, lembrando que a média nas unidades de Itaipuaçu e do Centro vem sendo de aproximadamente 70 pacientes por dia, a mesma prevista para o novo espaço, que também vai funcionar das 8h às 20h.
Segundo a secretária, o município avalia junto com o Estado sobre a possibilidade de tornar obrigatório o uso da máscara.
A primeira pessoa a procurar o polo de Ponta Negra foi a enfermeira Amanda de Morais, de 41 anos, moradora do bairro. Atuando em unidades de saúde de Niterói e São Gonçalo, ela conta que teve contato recente som duas pessoas que teriam sido infectadas. “No trabalho não cuidei de pacientes com a Covid-19, mas tive contato com essas pessoas e, neste fim de semana, tive falta de ar e ardência na vista e na garganta. O fato é que estamos todos preocupados e o psicológico da gente fica abalado”, afirmou a profissional de Saúde, que gostou do atendimento que recebeu. “Achei muito bom, especial mesmo, o pessoal atendeu bem. É importante ter um lugar desses para a pessoa procurar se precisar, dá uma sensação de cuidado com a gente”, ressaltou.
Em todas as tendas os atendimentos são precedidos de um protocolo de classificação de risco, que determina a necessidade de urgência para cada caso. Logo na entrada, os pacientes e acompanhantes têm acesso a um lavatório com água, sabão e álcool em gel para higienização das mãos. Antes de passar pela avaliação médica, os pacientes são divididos em duas alas, com ou sem febre. Os idosos são atendidos separadamente dos demais grupos.