sexta-feira, janeiro 31, 2025
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Garça-moura é resgatada com copo plástico preso ao pescoço após dez dias de monitoramento

Após dez dias de monitoramento, ave foi encaminhada ao Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS) Vargem Pequena. Foto reprodução

Equipes da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) resgataram, nesta sexta-feira (13), uma garça-moura que havia sido avistada no início do mês com um copo plástico preso ao pescoço. O resgate ocorreu após mais de dez dias de monitoramento intenso, com estratégias cuidadosamente planejadas devido à natureza sensível e arisca do animal.

Segundo o secretário de Estado do Ambiente, Bernardo Rossi, o caso demandou um trabalho complexo e minucioso. “Por ser uma ave silvestre, a garça permaneceu ativa durante todo o período, o que dificultou a captura. As equipes precisaram adotar medidas que respeitassem o comportamento do animal para garantir sua segurança”, explicou.

 

Estratégia para o resgate
Nos primeiros dias de monitoramento, técnicos identificaram que a garça estava se alimentando normalmente e decidiram instalar um comedouro no local. A estratégia surtiu efeito, pois a ave retornava ao mesmo ponto para se alimentar. Imagens captadas por drones auxiliaram na análise em tempo real das condições do animal, permitindo às equipes determinar o momento ideal para a captura.

Após o resgate, a garça foi levada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Vargem Pequena, onde passou por um procedimento cirúrgico. O veterinário responsável, Jefferson Pires, afirmou que a retirada do copo plástico, que estava preso ao redor da garganta como um colar, foi essencial para salvar a vida da ave. “Se a intervenção não tivesse ocorrido rapidamente, o animal poderia ter morrido em pouco tempo”, alertou.

Preservação da biodiversidade
O resgate contou com a colaboração do Inea, do Ibama e de órgãos ambientais municipais. O secretário Bernardo Rossi destacou a importância da cooperação entre diferentes esferas governamentais para a preservação ambiental. “Esse caso reforça a necessidade de parcerias para proteger a fauna e a flora e preservar o equilíbrio da biodiversidade no estado do Rio de Janeiro”, afirmou.

Impacto do descarte irregular de resíduos
O caso da garça-moura evidencia os danos causados pelo descarte inadequado de resíduos plásticos ao meio ambiente. Animais silvestres frequentemente sofrem com a ingestão ou o contato com esses materiais, colocando em risco a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas.