Garça-moura é resgatada com copo plástico preso ao pescoço após dez dias de monitoramento
Equipes da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) resgataram, nesta sexta-feira (13), uma garça-moura que havia sido avistada no início do mês com um copo plástico preso ao pescoço. O resgate ocorreu após mais de dez dias de monitoramento intenso, com estratégias cuidadosamente planejadas devido à natureza sensível e arisca do animal.
Segundo o secretário de Estado do Ambiente, Bernardo Rossi, o caso demandou um trabalho complexo e minucioso. “Por ser uma ave silvestre, a garça permaneceu ativa durante todo o período, o que dificultou a captura. As equipes precisaram adotar medidas que respeitassem o comportamento do animal para garantir sua segurança”, explicou.
Estratégia para o resgate
Nos primeiros dias de monitoramento, técnicos identificaram que a garça estava se alimentando normalmente e decidiram instalar um comedouro no local. A estratégia surtiu efeito, pois a ave retornava ao mesmo ponto para se alimentar. Imagens captadas por drones auxiliaram na análise em tempo real das condições do animal, permitindo às equipes determinar o momento ideal para a captura.
Após o resgate, a garça foi levada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Vargem Pequena, onde passou por um procedimento cirúrgico. O veterinário responsável, Jefferson Pires, afirmou que a retirada do copo plástico, que estava preso ao redor da garganta como um colar, foi essencial para salvar a vida da ave. “Se a intervenção não tivesse ocorrido rapidamente, o animal poderia ter morrido em pouco tempo”, alertou.
Preservação da biodiversidade
O resgate contou com a colaboração do Inea, do Ibama e de órgãos ambientais municipais. O secretário Bernardo Rossi destacou a importância da cooperação entre diferentes esferas governamentais para a preservação ambiental. “Esse caso reforça a necessidade de parcerias para proteger a fauna e a flora e preservar o equilíbrio da biodiversidade no estado do Rio de Janeiro”, afirmou.
Impacto do descarte irregular de resíduos
O caso da garça-moura evidencia os danos causados pelo descarte inadequado de resíduos plásticos ao meio ambiente. Animais silvestres frequentemente sofrem com a ingestão ou o contato com esses materiais, colocando em risco a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas.