segunda-feira, novembro 25, 2024
Região dos Lagos

Pescadores mergulhadores de arraial do cabo denunciam excesso de armadilhas de polvo na área da reserva extrativista

Na última limpeza subaquática, em junho, os mergulhadores encontraram até armadilhas de polvo abandonadas próximo aos píeres. Foto Aremac
Os pescadores mergulhadores reclamam que há um número excessivo de “espinheis com potes” (armadilhas) para a captura do polvo, e alertam de que os responsáveis por isso não estariam respeitando o acordo estabelecido com o ICMBio, de limitação de quantidade. Além disso, os pescadores mergulhadores reclamam que também não está sendo respeitada a distância que essas armadilhas podem ficar dos pesqueiros tradicionais nos costões, como por exemplo no trecho que vai do Ilhote do Oratório à Ilha do Francês, na Praia Grande, o que acaba prejudicando a tradicional pesca de mergulho do polvo

Assim como os pescadores tradicionais de canoas, que pediram a liberação de uma cota de pesca da corvina (do qual já está sendo solicitado o estudo ao Ministério da Agricultura), os pescadores mergulhadores querem que se libere uma quota anual para a pesca da garoupa. O argumento é o mesmo: o fato de Arraial do Cabo ser uma reserva extrativista marinha, com normas e regulamentos que controlam a pesca muito bem definidos, sempre visando a sustentabilidade e a defesa das comunidades tradicionais.

“Já encaminhamos um ofício ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), solicitando uma reunião para apresentar a pauta de reivindicações ao chefe da RESEXMar o mais rapidamente possível. Nossa preocupação é que a falta de fiscalização, e de ações pontuais para coibir essa prática predativa na área da reserva extrativista, possa afetar o equilíbrio do ecossistema marinho”, pontuou o presidente da AREMAC, Eraldo Cunha.