Pesquisa internacional comprova eficiência do programa Renda Básica da Cidadania
Uma pesquisa sobre os impactos sócio-econômicos da Moeda Mumbuca e do programa Renda Básica da Cidadania em Maricá foi apresentada nesta quarta-feira (12/02) no auditório da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, no Centro.
O trabalho realizado pelo Instituto de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e o americano Jain Family Institute mostrou uma avaliação preliminar destes impactos, como o uso mais comum do benefício pela população, que prepara uma coleta maior de dados que será feita com 1.700 moradores da cidade, dos quais 700 recebem o valor mensal de 130 mumbucas (equivalente a R$ 130).
O CEO do Jain Family Institute, o americano Michael Stynes, apontou Maricá como o maior exemplo de distribuição de renda básica para a América Latina.
“O que observamos aqui é que o valor recebido serve para as necessidades básicas dessas pessoas, o que de fato causou uma melhora de vida para elas. É o modelo que usamos em outros países para explicar como deve ser”, ressaltou Stynes, endossado pelo pesquisador Paul Katz. “Maricá tem um modelo comprovadamente eficiente na política de distribuição de renda e inclusão social. A economia aqui se tornou mais forte, é um impacto grande e muito positivo”, sentenciou.
No fim da apresentação, o secretário de Economia Solidária de Maricá, José Carlos de Azevedo, afirmou que o encontro era a prova de que a Moeda Mumbuca extrapolou todos os limites territoriais da cidade, do estado e do país.
“Podemos dizer que a Mumbuca ganhou o mundo, que hoje é um modelo para outros países surgido em nossa cidade. Por causa dela, hoje em dia não temos mais gente miserável em Maricá, que vai na contramão da retirada de direitos no Brasil. Sem dúvida, é uma cidade utópica”, avaliou José Carlos.
O também pesquisador e presidente da Rede Brasileira de Renda Básica, Leandro Ferreira, explicou que a pesquisa mais ampla a ser feita pretende avaliar de que forma a moeda Mumbuca influenciou o bem estar, a saúde e os padrões de consumo dos beneficiários. “Queremos identificar em detalhes dados estatísticos de como essas políticas sociais abrangem essas pessoas sem causar constrangimento, como ocorre com o Bolsa Família, onde há uma série de exigências para o perfil de cada um”, esclareceu ele.