Projeto piloto do “Mumbuca Futuro” começa a ser implantando em 11 escolas municipais
Começou nesta quarta-feira (12/09), na Escola Municipal Clério Boechat de Oliveira, no Flamengo, a implantação do projeto piloto “Mumbuca Futuro” da Secretaria de Economia Solidária, que será efetivado no ano que vem. A iniciativa, que tem duração de três meses e está dividida em seis módulos, vai atender a turmas de aceleração e a alunos do 6º ano de 11 escolas da rede municipal de Maricá, entre elas, Vereador João da Silva Bezerra, Lucio Thomé Guerra Feteira, Amanda Pena de A Soares, Escola Municipal de Inoã, Vereador Osdevaldo Marins da Matta, Mata Atlântica, João Monteiro, CAIC Elomir Silva, Joana Benedicta Rangel e Marques de Maricá.
Com o objetivo de introduzir o tema economia solidária junto aos alunos das escolas municipais e despertar nesses jovens um espírito de coletividade e empreendedorismo, através de novas alternativas de desenvolvimento, educação e economia, a edição piloto do “Mumbuca Futuro” pretende trabalhar um tema especifico em cada módulo. São eles: Ver, Onde Convivemos, Que escola Queremos, Educação, Economia Solidaria e A Ação. Ao término do curso os alunos de cada uma das escolas participantes serão estimulados a criarem um projeto colocando em prática todo o conhecimento teórico trabalhado ao longo do projeto.
De acordo com Thiago Cardoso de Freitas, um dos tutores responsáveis por ministrar o primeiro módulo para os alunos da turma de aceleração da escola do Flamengo, cada encontro abordará aspectos específicos do coletivo. “Hoje vamos trabalhar o modulo Ver. E, durante todo o projeto desenvolveremos aulas a respeito da economia solidaria ensinando a esses alunos não somente a base econômica, mas também a base do como viver, como ver a vida, como se ver no mundo, como se perceber inserido na sociedade e como ver o outro”, explicou o tutor. “Da mesma forma que aconteceu aqui, também iniciamos hoje o Mumbuca Futuro em uma turma de aceleração na Escola Municipal Joana Benedicta Rangel, no Centro. E, amanhã estaremos na escola Marques de Maricá, em Itaipuaçu, com uma turma do 6º ano”, completou.
Ainda segundo Thiago é fundamental antes de se começar a trabalhar qualquer assunto com os alunos explicar cada visão e cada ponto de vista para que eles, com o devido conhecimento, possam tirar suas próprias conclusões. “Antes de qualquer coisa, antes de abordarmos os vários módulos de economia e o modulo de economia solidaria precisamos apresentar para esses alunos o que estamos trabalhando em Maricá através da visão do Banco Mumbuca, da Agroecologia Solidaria e que essa é apenas uma das várias possibilidades. Se é a melhor forma, são eles que irão analisar durante os encontros. Eles vão conhecer para avaliar”, destacou Thiago.
Para Felipe Cavalcante Madeira, diretor geral da escola Clério Boechat de Oliveira, o Mumbuca Futuro oferece para os alunos da rede uma nova perspectiva das relações econômicas. “É muito importante para escola integrar a nossa ação pedagógica com esse projeto, porque estamos construindo perspectivas de futuro, então hoje trabalhar com essa perspectiva é fundamental, pois em muitos casos a juventude não se sente mobilizada, se percebe distante do mercado de trabalho, vitima de altos índices de desemprego e quando termina o ensino médio não consegue nenhuma projeção de futuro. Então, para fomentar a economia solidaria você primeiro precisa fomentar a relação de solidariedade entre as pessoas para que elas possam ter isso em seus bairros, em suas casas, com suas famílias e amigos. Não tenho dúvidas de que todo o conhecimento adquirido aqui eles levaram para a vida”, afirmou Felipe.
Entusiasmada com a primeira aula a estudante Yasmim Almeida de 15 anos, moradora do Silvado, contou que vê no projeto a possibilidade de aprender e repassar conhecimento. “tenho certeza que essas aulas me ajudarão com a minha visão de futuro e principalmente como o meu primeiro emprego. Vou me dedicar a cada um dos módulos e pretendo repassar para as pessoas que convivem comigo tudo o que eu aprender aqui”, garantiu Yasmim que sonha fazer faculdade de medicina.
Já Clara Polessa, de 14 anos, também moradora do Silvado, afirmou que qualquer conhecimento adquirido é bem vindo. “Estou aqui para aprender e acho que essas aulas têm muito a me ensinar. Eu quero vencer na vida, quero melhorar minha condição social e sei que para isso preciso abrir meus horizontes. Acredito que quando pensamos no coletivo estamos pensando da maneira correta. Estou bastante feliz por fazer parte desse projeto”, comemorou Clara.