Thalita Rebouças conquista público em sua terceira participação na Flim
Mesmo sob chuva na noite de segunda-feira (4/11), o público compareceu em peso para acompanhar o debate com os escritores Thalita Rebouças, Igor Pires e Felipe Fagundes na 9ª Festa Literária Internacional de Maricá (Flim). O evento, realizado na orla do Parque Nanci, reuniu crianças, jovens e adultos em um encontro mediado pelo ator Tuca Andrada, que trouxe reflexões sobre literatura e juventude.
Thalita Rebouças, em sua terceira participação na Flim, continua a ser um dos nomes mais aguardados do evento. Conhecida por atrair multidões, a autora fez jus à expectativa, com fãs chegando cedo para garantir um lugar próximo à escritora. A arena de debates se encheu de emoção, refletida nos olhares atentos e nos sorrisos nervosos do público. Thalita, autora consagrada no segmento infantojuvenil com mais de 2,3 milhões de exemplares vendidos, compartilhou como sua trajetória a levou a escrever para um público mais jovem, inicialmente sem planejamento. “Comecei a escrever para jovens de 18 a 25 anos, mas meu público acabou sendo crianças de 8 a 12 anos. Assim, criei histórias como Tudo por um Pop Star e Fala Sério, Mãe!”, explicou Thalita, que também destacou sua transição para temas voltados a mulheres acima de 40 anos, com a obra Felicidade Inegociável e Outras Rimas.
A autora também mencionou sua gratidão ao cartunista Ziraldo, homenageado nesta edição da Flim. “Ziraldo foi um grande apoio na minha carreira e na minha infância. Ele me adotou e me impulsionou a seguir em frente”, afirmou Thalita.
Entre os presentes, a jovem Yasmim Couto, de 14 anos, emocionou-se ao contar sobre sua admiração pela escritora. “Na última vez que ela veio a Maricá, eu não pude estar presente por estar doente, mas minha mãe conseguiu um autógrafo para mim. Hoje, realizei meu sonho de vê-la”, disse a adolescente, refletindo a emoção que permeou a noite.
Felipe Fagundes, autor de Gay de Família, abordou a representatividade e as vivências LGBT+ em sua obra. “Escrevo sobre o cotidiano de personagens adultos que precisam enfrentar novos desafios. É importante mostrar que pessoas LGBT+ constroem famílias e cuidam de crianças, desmistificando estereótipos”, afirmou.
Igor Pires, conhecido pelo best-seller Textos Cruéis Demais Para Serem Lidos Rapidamente, destacou a relevância de tratar de temas que ecoam nas vidas dos jovens. “Os adolescentes encontram em meus livros respostas para suas questões, e isso tem aumentado o interesse pela leitura”, comentou o autor, enfatizando a crescente presença juvenil em eventos literários.
Andressa Santos, ex-presidente do Movimento Popular da Juventude de Maricá, reforçou a importância da Flim como espaço de acesso à cultura e formação de novos leitores. “Minha filha de 14 anos começou a se interessar por livros a partir da Flim, e a Thalita é sua autora preferida. Esses eventos são essenciais para que os jovens se sintam representados e compreendidos”, observou.
Após a roda de conversa, os escritores participaram de uma sessão de fotos e autógrafos, encerrando a noite de maneira descontraída e celebrando a conexão com os fãs.