quinta-feira, novembro 21, 2024
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Varal Solidário completa um ano

A coordenadora LIla Araujo cuida pessoalmente de cada doação para o Varal Solidário foto Sheila Guimarães

Doação de roupas,com cuidado e atenção no Terminal Rodoviário

Quem passa pelo Terminal Rodoviário, no Centro de Maricá, tem sua atenção voltada para o Varal Solidário, um projeto da Empresa Pública de Transportes, que há um ano vem fazendo a alegria de muitas pessoas. O local funciona como posto de coleta e doação de roupas, sapatos, bolsas e até brinquedos.
O trabalho não envolve apenas a doação. Existe uma preocupação também com o que será doado e, principalmente, com quem vai receber a doação. “Cada doação que chega é analisada. Se tem fantasia, eu já penso na criança no carnaval, vou guardando para quando chegar na época do carnaval fazer o varal só com fantasias. As melhores roupas que chegam próximo do Natal, eu guardo para três dias antes do Natal a gente fazer um varal só com aquelas roupas. Tudo que é branco eu guardo para o Réveillon, fazemos um varal só com roupa branca. Chega uma caipira, a gente guarda para a época de São João para disponibilizar para as famílias. A gente está sempre pensando além da necessidade do vestir. A gente está sempre movimentando o cuidado com o ser humano”, afirma a coordenadora Lila Araujo.
O Varal Solidário atrai atenção de pessoas de todos os lugares, como Fabiana Oliveira, 39 anos, moradora do Caxito:
“No comecinho do projeto eu vi uma blusinha pendurada, não entendi direito o que estava acontecendo, depois eu entendi que era doação e ajudava as pessoas. Sou voluntária e também usufruo pegando roupas. É uma troca de amor e solidariedade.”
A iniciativa tem a aprovação também Miranda Barbosa da Silva, 41 anos, moradora de Itapeba:
“Sempre que arrumo meu guarda-roupa eu trago alguma peça, inclusive calçado e bolsa, para o varal. A iniciativa é ótima, espero que chegue a outros bairros para ajudar ainda mais pessoas.”
O amor pelo trabalho é tão grande que Lila recebe todas as peças, independente do seu estado. “Algumas peças chegam com defeito e eu customizo. As pessoas me veem nesse movimento do criar e doam bijuterias e outros objetos que podem ser reciclados. Quando chega alguma peça que não tem mesmo mais condições de uso, a gente doa para uma senhora que tem 30 cachorros, pois lá terá utilidade. Nosso objetivo é fazer com que o outro se reconheça na dignidade do amor. Quem quiser receber mais informações sobre o projeto pode ligar para 98723-3767”, conclui Lila.