Velha Guarda da Mangueira faz show no Museu Casa Darcy Ribeiro em celebração ao Dia Nacional do Samba
O Museu Casa Darcy Ribeiro, em Cordeirinho, foi palco de uma apresentação especial da Velha Guarda Musical da Mangueira no último sábado (21), em homenagem ao Dia Nacional do Samba, celebrado em 2 de dezembro. O evento reuniu mais de 110 pessoas que cantaram e dançaram ao som de clássicos do samba interpretados pelo grupo.
A ligação de Darcy Ribeiro, que dá nome ao museu, com o samba vai além de seu apreço pelo gênero musical. Considerado o mentor da obra do Sambódromo Marquês de Sapucaí, Darcy desempenhou um papel fundamental na construção do espaço que recebe os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro desde 1984. A passarela, inclusive, leva oficialmente o nome de Passarela Professor Darcy Ribeiro.
Clássicos do samba animam o público
A Velha Guarda Musical da Mangueira, composta por nomes como Lê Santana, Adriano B, Marcia Machado, e Paulo Ramos, apresentou um repertório que incluiu grandes sucessos da escola Verde e Rosa e composições históricas do samba. O show, que durou cerca de duas horas, foi marcado por entusiasmo e interação com o público.
“A energia dos maricaenses é maravilhosa, todo mundo sambou muito com a gente, o pessoal é animado, nota 10! Queremos voltar com certeza”, afirmou a cantora Marcia Machado.
O produtor executivo do grupo, Robson Lo Bianco, destacou o papel da Velha Guarda em preservar a memória do samba desde 1928, quando Cartola compôs o primeiro samba da Mangueira. “Nosso objetivo é mostrar a trajetória do samba, com músicas de grandes nomes como Cartola, Nelson Cavaquinho e Nelson Sargento, que deixaram um legado que temos orgulho de manter vivo”, explicou.
Primeira visita ao Museu Casa Darcy Ribeiro
Foi a primeira vez que os integrantes da Velha Guarda visitaram o Museu Casa Darcy Ribeiro, mantido pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar). O cantor Paulo Ramos elogiou o espaço e relembrou a relação da Mangueira com Darcy. “Em 2009, a Mangueira fez o enredo ‘O Brasil dos Brasis’, que de certa forma homenageou Darcy. Ele foi um grande antropólogo, e estamos muito felizes por estar aqui hoje”, comentou.
Evento valoriza cultura local
Entre os presentes, a moradora de Itaipuaçu, Luciana Soares, acompanhada do marido e dos filhos, elogiou a iniciativa. “É a primeira vez que venho ao museu, e achei incrível. Além de aprender mais sobre a história do Brasil, eventos como este valorizam o samba e enriquecem culturalmente nosso município”, disse.